segunda-feira, 18 de agosto de 2014

MAIS UM CULTO DE MOCIDADE

Foi realizado mais um culto de mocidade na AD de Caldeirão Grande do Piauí, dia 17/ago/14. O presbítero Gerimias, líder de mocidade, foi o dirigente do culto. Foram entoados vários louvores maravilhosos,inclusive, a irmã Teresa e a Quésia, de Marcolandia, cantaram para a glória de Deus. A mocidade da igreja estava presente e com certeza foi abençoada de forma especial. O pregador foi o diácono, Erinaldo procedente de Marcolandia, o qual trouxe uma palavra abençoadora. De Marcolandia, tambem, vieram: os pais do pastor José Ivan - Dezim e Dacruz. O irmão do pastor, Joaquim. O prebítero, Antonio Andrade e a irmã Betãnia e a irmã Cléia. Que tudo seja para honra e glória do nome do Senhor Jesus Cristo!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

CULTO DE MISSÕES E HOMENAGEM AOS PAIS

A Igreja Evangelica Assembléia de Deus de Caldeirão Grande do Piauí, realizou realizou, dia 10/set/14, mais um culto de missões para glória do Senhor. Na oportunidade, foi feito, tambem, uma homenagem a todos os pais, por se tratar do "dia dos pais". Foi muito bom! toda igreja estava feliz, num clima de paz e amor cristão! Deus continue abençoando a sua maravilhosa igreja e especialmente, a cada pai! Breve as fotos

sábado, 2 de agosto de 2014

TENHA PACIENCIA, LEIA ESTA MENSAGEM É MUITO ENRIQUECEDORA

De onde viemos? Porquê existimos? As Respostas estão no Princípio Toda história tem um começo. Não precisamos ser gênios da matemática ou da física para percebermos que toda e qualquer situação existente possui origem em alguma causa anterior. Há sempre alguma ação que gerou determinada reação, e assim por diante até que aqui estamos nós vivendo as nossas vidas, sob influência das coisas do passado. Por isto, muitas respostas para os nossos questionamentos mais profundos encontram-se no passado, para sermos mais diretos no começo de nossa história. Te convido a conhecer o começo de sua história, o começo da história da humanidade, ali encontraremos o sentido de nossas vidas e descobriremos porquê muitas pessoas vivem infelizes, estão frustradas, cansadas, sobrecarregadas, entenderemos a origem da maldade, da violência, das guerras, da soberba, da ganância e de todo tipo de problemas que enfrentamos. Uma história de amor O princípio de nossa história pode ser expresso através da palavra AMOR. Pois este foi o sentimento responsável por nosso surgimento. No princípio não existia nada, absolutamente nada, nem espaço, nem tempo, pois não havia a matéria. Mas Deus e seu reino celestial já existiam. Nas primeiras páginas da Bíblia encontramos um breve, mas maravilhoso relato, de como Ele fez todas as coisas. A primeira frase do livro de Gênesis começa com a afirmação de que, antes de mais nada, Deus criou o universo e nosso planeta: “No princípio criou Deus os céus e a terra.” Gen.1.1 Este primeiro capítulo segue contando sobre as modificações que Deus decidiu realizar em nosso planeta, criando continentes, rios, mares e oceanos, plantas, peixes, aves, anfíbios, répteis e mamíferos. Esta obra criadora foi algo magnífico em detalhes, beleza, arquitetura, diversidade. Preste atenção nos detalhes da natureza a sua volta, veja a complexidade que há no organismo dos seres vivos, desde os mais minúsculos até os gigantescos. Preste atenção nas cores, nos contrastes e na beleza que há nas formações geográficas mais diversas. Deus criou o Universo como um engenheiro apaixonado cria a máquina mais perfeita de sua vida, Ele fez a terra com toda a paixão que qualquer artista necessita ter para com suas obras. Me responda isso: alguém criaria algo a que odeia? É possível você empreender tempo, trabalho, esforço criativo, voluntário, a fim de criar algo que você não goste. Eu quero que você perceba isto: antes de Deus iniciar sua obra criadora, nada existia. E ele, por existir antes de todas as coisas, de eternidade em eternidade, não necessitava de nada que pudesse ser criado. Ele não era obrigado a criar. Ele em si não tem necessidade alguma, pelo contrário, Ele é a fonte inesgotável de tudo. E não sendo obrigado a criar nada, mesmo assim Ele, por arbítrio, decisão própria decidiu fazer tudo que existe neste Universo. Antes de qualquer coisa ser criada, primeiro há um pensamento, um planejamento sobre este algo. Assim Deus decidiu e planejou a sua criação. Ele amou tanto este projeto que o executou com maestria. Se você ler os primeiros 25 versículos do livro de Gênesis, irá perceber que até ali, Deus já havia criado tudo que existe neste planta, mas ainda faltava algo. É, faltava a criação do Homem, do ser humano. O homem foi a última coisa a ser criada por Deus. Ele o criou após ter criado todo o resto. Mas se tudo já existia. Para quê criar o homem? Porquê ele precisava nos fazer, no versículo anterior havia percebido que tudo o que criou era bom. Como eu já havia dito, Deus não foi obrigado a criar nada. Ele nos fez porquê antes de mais nada, ELE NOS AMOU. Sabe quando um casal planeja ter um filho, o amor pela criança não surge apenas quando ela nasce, mas já existe desde a concepção do desejo de tê-la. Esta criança é amada antes de existir, não precisando fazer nada para merecer o amor, e este amor se manifesta nos carinhos e no zelo que os pais terão quando ele vier ao mundo. Deus é assim, Ele nos amou antes de existirmos. E você pode perceber isso em vários detalhes desta história. 1. Deus nos Criou com a próprias mãos. Quando Deus cria os outros animais ele faz isto apenas com sua palavras, por exemplo: “E disse Deus: produza a terra almas vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis...” (Gênesis 1.25). Mas ao criar o homem Deus nos fez com as próprias mãos, como um escultor criando uma obra de arte. E para fazer-nos vivos soprou ele próprio em nossas narinas (Gênesis 2.7). Isso mostra o quanto somos especiais e importantes para o Criador. 2. Deus nos fez iguais a Ele. Gênesis 1.26 diz: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” Aqui encontra-se o motivo de nossa tamanha diferença em relação os outros animais. Deus nos fez conforme a aparência Dele. Mas isto quer dizer que Deus possui algum tipo de corpo ou algo assim? Não! A bíblia é clara em afirmar que Deus é espírito, e assim sendo, nós somos conforme a sua semelhança em nosso espírito, em nossos pensamentos, raciocínio, criatividade, capacidade de julgamento e muitas outras capacidades que são próprias do criador e que nos diferenciam dos animais que simplesmente são guiados pelos instintos. Mas eu gostaria que você refletisse um pouco sobre este fato. Deus nos fez iguais a Ele. Ele sendo ele dono de toda a sabedoria, de todo o tipo de entendimento, conhecimento e ciência, porquê dividir isto com alguém? Porquê criar alguém igual a si mesmo? Por amor! Somos frutos do amor de Deus. Um amor que divide e presenteia. 3. Ele nos fez livres. Na verdade a virtude de ser livre faz parte da própria essência de Deus, e como Ele nos fez a sua imagem, fez-nos também livres, pois Ele é livre. Você pode pensar que os outros animais também seriam livres, pois quando estão na natureza fazem o que bem entendem. Mas a verdade é que eles não são nada livres, eles não fazem o que querem e sim que os seus instintos mandam que façam. Cada espécie possui como se fosse um chip em seu cérebro, com toda a programação do que irão fazer em seu ciclo de vida. Você já viu algum animal criando algo, ou projetando alguma coisa, reivindicando algo, ou questionando, reclamando? Claro que você não viu, pois para fazer estas coisas é necessário ser livre. Mas Deus nos fez livres, nos dando opções, possibilidades e não apenas um caminho. Ele nos fez livres inclusive para escolhermos conviver ou não com ele. Para o amarmos ou o desprezarmos. E isto demonstra novamente o grandioso Amor de Deus por nós. Pois quem ama não aprisiona, mas dá a liberdade. 4. Ele nos fez Eternos. Isto mesmo, fomos criados Eternos! Quando Deus nos fez à sua Imagem e Semelhança, isto incluía a eternidade. No projeto inicial de Deus não havia a morte para o homem, que assim como Ele, viveria para sempre, e sempre. Dividir a eternidade conosco: não há maior ato de amor que este. A poucos instantes nem existíamos, e agora possuímos atributos oriundos da essência do próprio Deus e dividimos com Ele a eternidade, nunca deixaremos de Ser! Não há amor maior que este! O amor de Deus é a coisa mais certa, garantida e estável que podemos perceber em toda história humana. Este amor não mudou e ainda está disponível para nós, como o amor de um pai por seus filhos, por isto Jesus nos ensinou a chamar este bom criador de “Pai Nosso”. Porque Ele nos criou? Mas estão você pode se perguntar para quê Deus nos fez? Com que razão, sentido Ele nos criou? Com qual finalidade? As respostas para esta pergunta também podem ser encontradas nestas primeiras folhas do livro mais revelador que existe: a Bíblia. 1. Ele nos criou para nos relacionarmos com Ele. Deus nos fez para sermos seus amigos! Este é o maior motivo para Ele ter nos feito à sua semelhança, pois é impossível você se relacionar com algum ser que não seja relacional. Relacionar-se, conversar, dialogar é coisa para seres racionais e comunicáveis. Por mais afeto que você possa ter por um cachorro, mesmo sendo ele adestrado, você jamais poderá manter um diálogo com ele. Ele jamais irá te surpreender com uma frase de sabedoria, te contar o que aconteceu em seu dia ou filosofar contigo sobre os problemas da vida. Deus nos criou para nos relacionarmos com Ele. Este relacionamento é demonstrado no fato de que quando o homem estava no Jardim do Édem, Deus todos os dias vinha até lá para conversar face a face com os seres humanos. Em Gênesis 3.8 diz “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia...”. Esta ainda é a vontade de Deus para nós. Muitas pessoas pensam que podem viver muito bem distantes de Deus, dizem que não necessitam dEle, mas a verdade é que jamais serão completas, totalmente felizes, enquanto não se encontrarem com o Criador. Passarão a vida inquietas, inconstantes, inseguras. Ele nos fez para convivermos com ele. Precisamos disto! 2. Deus nos criou para nos relacionarmos uns com os outros e para formarmos uma família. Se você quer ver uma pessoa ficar triste é só deixa-la isolada, sozinha. Somos seres relacionais e necessitamos de contato, conversa, amizade, parceria. Deus viu isto e nos criou fez capazes de vivermos a maior experiência de amor e comunidade que pode existir: a família. Em Gênesis 2.18 vemos Deus dizer “não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora...”, e em 2.24 segue afirmando “Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma só carne.” Deus também ordena ao homem “frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra...”(Gênesis 1.28). Nestes versos Deus cria a família. Esta é a vontade Dele para nós, que vivamos em família, como ajudadores e amigos uns dos outros. Ouvimos muitas pessoas argumentarem que podem ser felizes sem vínculos familiares, acreditam que a simples busca pelo prazer e sucesso individual os trará alegria e satisfação. O fato é que sem ser família, sem compromisso e companheirismo, estamos sozinhos, incompletos, quando nos relacionamos em família, precisamos largar o egoísmo de lado e aprendermos a ceder aos desejos do outro, aprendemos a viver em amor, não pensando só em nós mesmos. Além da família precisamos dos amigos. Sem companheirismo a vida é pesada e insatisfatória. Também é impossível ser amigo de verdade se quisermos somente os nosso interesses. Precisamos lembrar de um Deus doador, amoroso, que dividiu tudo conosco e que deseja que venhamos a seguir este exemplo. 3. Deus nos criou para administrarmos o planeta e para trabalharmos. Ao criar um ecossistema perfeito, um lindo jardim, Deus precisava de um parceiro para a preservação, cultivo e administração de tudo. Por isso, ao criar o Homem Deus disse: “...Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominais sobre os peixes... e sobre as aves... e sobre todo animal... Eis que vos tenho dado toda erva..., toda arvore em que há fruto...; Ser-vos-ão para mantimento. (Gen. 1.28-29 ênfase nossa)”. Esta frase também nos deixa entender que o planeta foi um presente de Deus entregue nas mãos humanas. Toda criação estava sujeita ao poderio humano. Este texto deixa bem claro que Deus nos fez para trabalharmos, produzirmos, realizar transformações positivas em nosso planeta. Como criaturas feitas à semelhança do Criador, somos seres criativos e esta criatividade aplicada através do trabalho nos permite aperfeiçoar o ambiente em que vivemos, como agricultores, construtores, servidores, projetistas, enfim, trabalhadores, nos encontramos com uma das intenções de Deus para conosco. Este é o grande motivo pelo qual muitas pessoas que vivem uma vida de luxo e ócio se sentem fúteis, inúteis, vazias, e por mais dinheiro que possuam e por mais que tenham uma tranqüilidade e aparente estabilidade, percebem que sua vida não tem sentido: fomos feitos, dentre outras coisas, para trabalhar. Isso faz parte de nosso ser, fomos preparados para isto. E no trabalho também encontramos alegria, quando o encaramos como um dom, um serviço ordenado pelo Criador. Perceba: Deus fez tudo perfeito. O homem era perfeito, igual ao próprio Deus. Após criar o homem “...viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom...(Gen. 1:31a)” Você pode estar lendo esta história e achando algo estranho: eu estou falando de um mundo perfeito, no qual Deus nos fez iguais a Ele e no qual vivíamos em um paraíso, vendo, falando e conhecendo a Deus diariamente. Mas ao olhar para o mundo a sua volta você não vê isto. Você está vendo violência, dor, sofrimento, cansaço, rancor, ódio, divórcio, roubos, doenças, e nada que lhe pareça com a presença de Deus. Você liga a televisão ou lê os noticiários e o mundo real se apresenta a ti: cheio de todo tipo e maldade e tristeza. E o pior: se você olhar para dentro de si mesmo, com sinceridade, irá perceber que este mundo não é só externo. O mundo, sua malícia e sua maldade nos invade. Somos cheios de sentimentos terríveis, que se apresentam em nosso egoísmo, materialismos, fobias, etc. Onde está o mundo perfeito que Deus criou? O que ocorreu com ele? Quem o destruiu? Ao compreender o mais trágico de todos os incidentes da história humana, podemos compreender a razão de todos os problemas que o mundo vive hoje. Ao entendermos a grande catástrofe que ocorreu no Édem, poderemos entender o motivo da triste condição em que se encontra a humanidade. A terrível queda Tudo que ocorreu com o homem tem relação direta com as decisões que ele tomou. Como havíamos enfatizado, Deus nos fez Livres. A liberdade é uma coisa ótima, maravilhosa, nos dá condições de escolhermos nosso rumo, nosso destino. Então me responda uma coisa: é possível considerar-se livre alguém que não possui opções de escolha? Vou ser claro: Se te colocarem em uma sala e te disserem “podes ir aonde quiseres”, e então chavearem a porta. Isto constitui liberdade? Não! É obvio que não. Vamos dar outro exemplo: Alguns anos atrás um certo país árabe realizou eleições para provar que era uma nação democrática, mas na hora da eleição só permitiu que um candidato concorresse ao cargo de presidente. E então as pessoas foram às urnas e encontram apenas uma opção. Responda-me: estas pessoas são livres para escolherem quem quiserem? Não! Liberdade exige possibilidade de opção, possibilidade de escolhas. Se Deus criasse o homem, e o obrigasse a obedecê-lo, a fazer somente coisas certas, isto não seria liberdade. Seríamos marionetes, fantoches, bonecos nas mãos de um manipulador. Se nascêssemos obrigados a amar a Deus, isso não seria liberdade. O verdadeiro amor deixa as pessoas livres, e não lhes obriga a nada, pelo contrário, permite-lhes optar. Deus queria (e quer) nosso amor voluntário, nossa livre obediência, por gratidão ao amor que Ele nos deu primeiro, concedendo-nos Vida. Este é o motivo pelo qual Deus colocou uma regra no Paraíso. Isto mesmo: apenas havia uma lei que não poderia ser desobedecida. O ser humano poderia fazer tudo o que quisesse, menos uma coisa. Deus, os avisou: “De toda árvore do Jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porquê no dia em que comeres, certamente morrerás.(Gen.1:16b-17)” Tudo estava disponível ao homem e à mulher, menos aquela fruta daquela única árvore. E Deus os deixou avisado: se comessem do fruto haveria uma penalidade: Morte. O homem, até então eterno, não conhecia a morte, mas sabia que se tratava de algo terrível. Isto trouxe temos ao coração dos seres humanos, que por muito tempo viveram sem nem cogitar tal opção. Para quê comer logo daquela árvore, se haviam milhares de outras? O homem conhecia a Deus, sabia de seu Amor e de seu Poder, sabia que com Suas palavras Ele criou todo que havia, assim sendo, tudo que saía da boca de Deus era verdade, realidade. As palavras que Deus os dizia eram incontestáveis. Ele era mestre e confidente nosso. Vivíamos uma relação de amizade pura com Deus. Na verdade toda a raça humana vivia em pureza. Podemos compreender o quanto o homem era sem malícia quando lemos que “...ambos estavam nus, o homem e sua mulher; e não se envergonhavam. (Gen. 2.25)” Mas aí algo aconteceu e abalou toda esta história. Algo mexeu com a perfeição de toda a criação e tornou nossa história bem diferente. Como todos sabem, um certo dia o homem desobedeceu a Deus e comeu da fruta daquela árvore. Mas antes de falar das conseqüências desta terrível atitude, precisamos compreender qual foi o motivo que levou o homem a realizar um ato tão estúpido. Ocorreu uma conversa entre a Serpente e Eva. Quem era esta serpente, aqui apresentada como um animal? Tratava-se de um bichinho comum? Por acaso bichos falam? Com o passar da história apresentada na Bíblia, ela nos explica quem era esta Cobra. O livro de Apocalipse, o último da Bíblia, nos deixa bem claro de quem se tratava: “...a antiga serpente, que é o diabo e Satanás...(Apoc 20.2)” Então Satanás, o grande inimigo de Deus, em forma de serpente, aproxima-se de Eva e lhe faz um questionamento: - “É verdade que Deus mandou que vocês não comessem as frutas de nenhuma árvore do jardim? (Gen. 3.1b NTLH)” A mulher inocentemente respondeu: - “Podemos comer as frutas de qualquer árvore, menos a fruta da árvore que fica no meio do jardim. Deus nos disse que não devemos comer dessa fruta, nem tocar nela. Se fizermos isso, morreremos. (Gen. 3.2b-3 NTLH)” Aí ouvimos a resposta mentirosa da cobra, negando as palavras que haviam saído da boca de Deus. Deus havia sido enfático ao dizer que se comessem do fruto, morreriam. Mas a cobra disse: - “Vocês não morrerão coisa nenhuma! (Gen. 3.4b)” Satanás está afirmando que Deus é mentiroso, que a afirmação divina quanto à conseqüência deste ato era mentirosa. Ele estava tentando colocar dúvida no ser humano quanto à palavra dita por Deus. E o diabo foi mais longe: ele criou um argumento para justificar o motivo pelo qual Deus estaria mentindo para o homem: Ele teria medo de que o homem se igualasse a Ele em poder e sabedoria. Satanás queria fazer com que o homem se sentisse digno de comer aquela fruta, como se ela fosse uma forma de libertar-se de um Deus mau e enganador, que queria manter o homem sempre rebaixado a uma posição inferior, por isto ele continuou sua fala com a mulher, dizendo: - “Deus disse isso porque sabe que, quando vocês comerem a fruta dessa árvore, os seus olhos se abrirão, e VOCÊS SERÃO COMO DEUS, conhecendo o bem e o mal. (Gen. 3.5 NTLH)” Agora, ao ouvir esta frase, os humanos tinhas duas opções, opções estas que nós temos diariamente: ouvir ao que Deus nos diz, ou ao que o Diabo diz. Ouvir a voz do criador, amoroso, perfeito, que quer nos proteger, nos guiar, ou ouvir a uma voz estranha, mas que nos faz sentir poderosos, auto-suficientes, enchendo-nos de argumentos falsos, que justifiquem nossos erros. O que Eva fez? Ela não rejeitou a oferta. Ela não respondeu dizendo que aquilo era mentira. Ela foi pensar no caso. E conta a Bíblia, que ela olhou para a fruta: “E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável ao olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também dele a seu marido, e ele comeu com ela.(Gen.3.6)” Posso imaginar a decepção que Eva e Adão tiveram ao ver que não se tornaram poderosos como Deus. E então conseqüências terríveis vieram sobre a Humanidade: 1. A morte: E aí o que aconteceu? Eles caíram duros, mortinhos? Não! Não! O corpo deles não morreu naquele instante, Deus não havia dito que morreriam imediatamente, mas sim que iriam morrer. Ocorreu, porém que a partir daquele momento a MORTE começou a habitar, a operar, dentro do homem, ela se tornou o destino certo de todos. O Apóstolo Paulo nos explica isto de uma forma bem clara na carta que escreveu ao povo de Roma: “...por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. (Romanos 5:13)” A morte era certa, pois Deus não mente: “Porquê o salário do pecado é a morte... (Romanos 6:23a)” Esta morte física manifestou-se mais tarde, quando Adão e Eva envelheceram e morreram, mas desde aquele instante uma morte muito profunda já habitava dentro do homem: a MORTE ESPIRITUAL. A palavra morte significa “separação”. A morte física é quando o espírito abandona, separa-se, do corpo. Já a morte espiritual é quando o nosso espírito afastou-se de Deus, de sua presença. E então sem a presença da luz e do calor de Deus ele ficou na escuridão e no frio da maldade, do egoísmo, distanciando-se totalmente da Imagem e Semelhança que era do Criador, o homem perdeu a glória de Deus. “Porquê todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus... (Romanos 3.23)” 2. O homem entrega seu poder a Satanás: Pense nisso: você obedece alguém hierarquicamente inferior a você?! É claro que não! Um pai não deve obedecer a seu filho, caso contrário está tornando-se inferior a ele. Obedecemos àqueles que estão acima de nós em poder, conhecimento ou idade. Quando obedecemos a alguém estamos nos curvando diante desta pessoa. E é um belo ato de humildade reconhecer um bom conselheiro, um bom mestre. E o homem tinha o seu: Deus. O próprio Criador era seu guia. Porém ao obedecer à orientação dada por Satanás, desobedecendo a Deus o homem entregou-se ao senhoril do diabo. Tornou-se seu discípulo e assim mostrou-se hierarquicamente inferior a ele. Portanto, se era o homem portador de toda autoridade sobre o planeta e os animais, naquele instante este poder passou a Satanás. Jesus chamou Satanás de “Príncipe deste século” ou “Príncipe deste mundo”. Este poder de príncipe lhe foi dado pelo ser humano. 3. A maldade: “Nesse momento os olhos de ambos se abriram, e eles perceberam que ESTAVAM NUS. Então costuraram umas folhas de figueira para usar como tangas. (Gen. 3.7 NTLH)” No exato instante em que o Homem se rebelou contra Deus, desobedecendo a suas cuidadosas e amorosas orientações, a maldade entrou em seu ser. A prova disto é que seus olhos se encheram de malícia e ele passou a sentir vergonha de seu corpo, isto porquê olhava para o corpo com malícia. Mas será que o corpo humano estava diferente, será que algo no seu corpo havia sido alterado e que agora havia motivo para sentir malícia? Não! A maldade não está nas coisas em si, mas no coração de quem às vê de forma maliciosa. Vou te dar um exemplo: imagine uma criança, de uns dois aninhos de idade. Imagine ela correndo, brincando. Muitas vezes no verão estas crianças se livram das roupas e correm nuas. E aí? Há alguma malícia nisso? Não! A criança não vê mal algum nisso. Seus olhos são puros. E certamente você também não vê maldade alguma nisso. O corpo da criança é algo puro. Mas infelizmente existem pessoas que olham para as crianças com olhar malicioso, os pedófilos. Responda-me então: a malícia está no corpo da criança ou no coração dos pedófilos? É obvio que está nos pedófilos. Por quê perguntei isso? Para te mostrar como a tentativa de cobrir o corpo, feita pelo homem, não resolveu em nada seu problema. Foi algo inútil. A maldade não estava no corpo descoberto e sim em seu coração. E maldade não está nos bens alheios e sim no coração de quem deseja toma-los para sim. A maldade não está no erro dos outros, mas em usa-los para justificar os seus. Esta maldade, vinda do primeiro pecado, vinda da incredulidade do homem nas palavras ditas por Deus, levou a humanidade de geração em geração a cometer mais e mais pecados, esta malícia foi aumentando. 4. O homem se afasta de Deus: Muitos pensam que devido ao pecado Deus se afastou do homem. Esta é uma visão errada da Bíblia. De fato Deus mandou que saíssem do Jardim, mas isso não quer dizer que tenha se voltado contra o ser humano. Pelo contrário, toda história da humanidade está cheia de atos divinos no sentido de tentar reaproximar o homem. Logo após a humanidade haver pecado, Deus veio ao seu encontro e aí: “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e ESCONDEU-SE Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do Jardim. (Gen. 3.8)” Veja o que aconteceu. Deus veio e chamou o homem. Ele não se escondeu da humanidade. Deus já sabia de nosso pecado, mas mesmo assim veio até nós. Foi a humanidade que se escondeu atrás de árvores, fugindo da presença de Deus. O homem percebeu que havia algo de errado nele e que não deveria aproximar-se de Deus desta forma. O pecado e a culpa nos afastam do Criador. Fomos criados para nos relacionar com Deus, lembra? E o que acontece quando não temos mais esta relação: ficamos incompletos, desorientados, vazios, somos seres faltantes, em busca de uma inalcançável satisfação. A insatisfação humana, que leva muitos aos vícios e a todo tipo de atitude desesperada, até o suicídio, está no fato de se estar afastado do Criador. Como um foragido da justiça, muitos vivem a vida inteira escondendo-se de Deus. 5. O medo: O medo entrou no mundo com o pecado. As fobias, as inseguranças e a ansiedade provêm do medo. Veja o que o homem respondeu a Deus quando foi questionado do motivo de esconder-se: “...Ouvi a tua voz soar no Jardim e TEMI, porque estava nu, e escondi-me. (Gen. 3.10)” Vivemos em um mundo dominado pelo medo. Como diz o ditado: quem não deve não teme. Se nos sentíssemos protegidos por Deus não teríamos medo de nada. Mas as pessoas vivem suas vidas em pecado e sua consciência lhes acusa de que DEVEM a Deus. E isto lhes faz inseguros. A humanidade vive o medo da morte. Ninguém quer envelhecer, por isso vivemos a farsa da eterna juventude. Tudo fruto de nossa queda. 6. O egoísmo, as intrigas: A humanidade já caiu várias vezes no erro de pensar que os seus problemas sociais seriam resolvidos com mudanças políticas. Os países já trocaram muitas vezes de partido político, em alguns casos ocorreram até revoluções, tudo em busca de um mundo mais justo, menos desigual, sem guerras e exploração. Mas a constatação histórica é triste: o novo grupo no poder logo instaura um sistema que anda para a corrupção e que favorece mais a uns (os seus) em detrimento de outros. Sabe onde está o problema: não está na teoria. Está no coração do homem, que se corrompeu e está cheio de malícia. Na primeira conversa de Deus com o homem depois da queda no pecado, podemos perceber claramente que o egoísmo havia tomado conta de seu coração. Deus lhe perguntou se ele havia comido da árvore proibida. E sua resposta foi esta: “A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. (Gen. 3.12b)” O homem, cheio de medo e Egoísmo, na tentativa de SE livrar da culpa, acusou a mulher de ser a autora do erro, não assumindo sua responsabilidade. Ele tenta mostrar-se inocente, como se não houvesse feito nada. Se alguém deveria ser punido, na visão do homem, era a mulher. E se você prestar bem a atenção, o homem, na verdade está tentando culpar a Deus pelo seu erro, dizendo que era a mulher que Deus lhe havia dado que o fizera comer. Se Deus não houvesse lhe dado ela, ele não teria comido. Logo, o homem quis dizer que a culpa era do próprio Deus. Este egoísmo tomou o homem e gera todo tipo de atitude errada. É a causa de todo tipo de intriga nos lares, onde um quer colocar a culpa no outro, na sociedade, onde sempre queremos o nosso bem, sem olhar para o que isso poder significar para nosso próximo. Lembra que Deus nos criou para vivermos em família? E em sociedade? Pois o egoísmo e as intrigas dividem as famílias e geram guerras, distúrbios, nas sociedades. Podemos dizer que presenciamos ainda no Édem a primeira briga conjugal, onde o primeiro casal tem seu primeiro desentendimento, em decorrência do pecado e do egoísmo. 7. A dor e as enfermidades: Lembra de quando Deus criou o mundo? Lembra que tudo era perfeito? Pode ser perfeito e haver dor? Não! A dor veio depois do pecado, junto com a morte. A morte pressupõe as doenças, as enfermidades e a dor. “...maldita é a terra por causa de ti; com DOR comerás dela todos os dias da tua vida. (Gen. 3.17)” Todo tipo de mal provém do pecado. As enfermidades também. Temos alguma esperança? Após ler esta lista de coisas terríveis que vieram à vida de muitas gerações por causa do pecado, você pode se entristecer muito. Você pode até começar a ficar pensando que agora você entende o motivo do sofrimento e de todo tipo de aflição e pode chegar na apressada conclusão de que não teríamos mais nenhuma esperança. Mas isto não é verdade. Com eu te falei. Esta história é uma história de amor. Do amor de Deus por nós. Se você estivesse no lugar de Deus e tivesse dado ao homem tudo que Ele deu, dividisse com ele a eternidade, a inteligência, o dom de se comunicar, a liberdade. Se você fosse Deus e visse o homem retribuir a todo com amor com indiferença e desobediência, descumprindo a única regra que existia, em busca de rebelar-se, querendo ser tão poderoso quanto você. Imagine-se sendo Deus e tendo todo o poder. Imagine-se sendo desprezado. O que você faria? Mandaria fogo do céu? Destruiria tudo. Diria: o jogo acabou? Pois o amor Deus não permitiu que Ele fizesse isto. Ele pelo contrário, planejou como iria trazer o ser humano de volta as si, reconquistando-o, provando mais uma vez o seu amor. Ainda naquele primeiro dia após o pecado podemos ver em uma atitude divina uma grande esperança que Deus deu a Adão, Eva e a todos nós. Em Gênesis 3:21 diz: “E fez o SENHOR Deus a Adão e a sua mulher túnicas de pele e os vestiu.” Como você deve recordar, após o pecado o homem percebeu sua nudez. E ele próprio fez tangas de folhas de árvore para se cobrir. Eu imagino que aquele artesanato cobriu deforma muito imperfeita a nudez humana. Por mais bem trançadas que estivessem as folhas, jamais poderiam impedir na totalidade que a nudez fosse percebida. Isto já estava demonstrando que por nossos próprios não poderíamos encobrir nossos pecados. Jamais poderíamos realizar qualquer obra que viesse a nos fazer limpos daquele pecado original, pecado de rebeldia, de incredulidade. Mas aí Deus decidiu agir: ele próprio fez uma roupa de pele de animais para cobrir a nossa nudez. Perceba que para Deus fazer uma túnica de pele foi necessário o sacrifício de algum animal. A pele provém de algum ser vivo. Para retirá-la é necessário derramar-se sangue. Mas se você parar para pensar, perceberá que o animal em si não tinha culpa alguma dos pecados do homem. Aquele animal era inocente, mas quis Deus fazer assim, por amor ao homem. Aquele animal estava simbolizando, já no dia do primeiro pecado, o dia em que Deus iria cobrir, perdoar, redimir os nossos pecados, através do sacrifício de um inocente: Jesus de Nazaré: o Cristo, nosso cordeiro inocente. Então, desde o princípio, podemos perceber o quanto Deus se preocupou conosco e como Ele, desde aquela época, já nos tinha preparado uma esperança que iria se concretizar no tempo oportuno. Ele sempre cuidou de nós Mas aí muitos podem pensar que Deus simplesmente ficou lá no céu por muitos séculos esperando a hora de enviar a Jesus. Descansando, esquecendo-se dos homens e dos seus problemas. De fato, na Bíblia e na linha do tempo, a história de Jesus acontece muitos séculos e páginas depois da história de Adão. Mas se você dedicar um pouquinho de sua vida para descobrir as grandes e ricas histórias que existem na Palavra de Deus, você irá descobrir um Deus presente, participante, que nunca se ausentou de nossa história, que esteve sempre aonde nós estávamos. Nos orientando, ensinando, mostrando o caminho a Ele. Toda história da Bíblia que vem depois destas primeiras páginas e que vai até o livro de Mateus, é a história de Deus tentando apresentar-se, de geração em geração aos homens, tentando levá-los ao arrependimento por seus erros. Ajudando seus servos a ter uma vida digna. Em um momento o mundo estava tão contaminado pelo pecado e pela maldade que o Senhor chega ao extremo de ter que exterminar a todos através de uma inundação, mas por amor a sua criação, decide salvar a tantos quantos acreditassem e entrassem em um grande barco que ordenou construir, a arca de Noé. Algum tempo depois o pecado cresceu de novo e eram poucas pessoas que ainda lembram de Deus, estavam todos adorando aos ídolos feitos de barro, ouro ou prata. Por isso ele decide separar a um homem para que dele viesse a surgir uma nova nação, um povo que deveria ser o exemplo de um povo de Deus, para o anunciar entre as nações. Estou falando de Abraão e do povo de Israel. Este povo é tirado pelo próprio Deus da escravidão em que estava no Egito, através de Moisés. Entram na terra prometida sob liderança de Josué e forjam um grande reino pelas mãos do rei Davi. Mas os reis que vieram depois de Davi, novamente se esqueceram de Deus, e seu povo se dividiu em duas nações, por causa da ganância de seus líderes, ficando assim mais fracos. E logo, como conseqüência de se afastarem da presença de Deus, foram tomados como escravos por outros povos. E foi lá, na escravidão que surgiram grandes profetas, homens como Isaías, Daniel, Jeremias e outros. Que falavam ao povo em nome de Deus, chamando-os ao arrependimento e anunciando o dia em que iriam retornar à sua terra. Esses homens também profetizaram o dia em que o Filho de Deus viria para se entregar por nós, bem como o dia em que Ele iria reinar sobre todo o planeta. Quero deixar bem claro que Deus sempre se fez presente. Sempre cuidou de nós, ele não desistiu nunca de seu plano original, apesar de nossa rebeldia, nossa rejeição aos seus planos, seus conselhos, Ele continuou a nos amar. Ele planejou um plano perfeito para o nosso retorno à condição de seus amigos e filhos. E isso só poderia ocorrer através de um fantástico resgate

UMA HISTÓRIA INTERESSANTE

HISTÓRIA DA IGREJA NO SÉCULO IV - CONSTANTINO E O CRISTIANISMO - CONCILIO DE NICÉIA A IGREJA E O ESTADO ROMANO Roma era um império com apenas uma moeda; um sistema político e uma religião; Em 284 Diocleciano começa reformas no Império; Em 298 Cristãos são expulsos do exército e do serviço público; Em 303 inicia-se um período de grandes perseguições aos cristãos, pelas mãos do imperador Galério destroem-se as igrejas, confiscam-se as escrituras, proíbem-se as reuniões. Galério, padecendo de uma enfermidade mortal, poucos dias antes da sua morte pediu as orações dos cristãos e, no dia 30 de abril de 311, assinou O Édito de Tolerância. Agora, pela primeira vez, a Igreja Cristã estava amparada por lei. A partir deste momento o Estado mostrava-se indulgente, condescendente para com os adeptos do cristianismo. Detalhe: A morte dos perseguidores: Suicidaram-se: NERO, DIOCLECIANO, MAXIMILIANO. Assinados: DOMINICIANO, COMODO, MAXIMÍNIO, AURELIANO. Em agonia procurando a morte: ADRIANO. Escravo, com os olhos furados: VALERIANO. Comido por abutres: DÉCIO. Doença desconhecida, o corpo foi tomado de vermes: GALÉRIO. Resumo das perseguições Romanas Cito tabela de Walton: (11) 312 - A CONVERSÃO DE CONSTANTINO Segundo Curtis: “Segundo o relato da história, o general Constantino olhou para o céu e viu urn sinal, uma cruz brilhante, nela podia ler: Com isto vencerás. O supersticioso soldado já esta¬va começando a rejeitar as divinda¬des romanas a favor de um único Deus. Seu pai adorava o supremo deus Sol. Seria um bom pressagio daquele Deus na vespera da batalha? Mais tarde, Cristo teria aparecido a Constantino em um sonho, segu¬rando o mesmo sinal (uma cruz in¬c1inada), lembrando as letras gregas ch i (X) e rho (p), as duas primeiras le¬tras da palavra Christos. O general foi instruído a colocar esse sinal nos es¬cudos de seus soldados, O que fez ¬prontamente, da forma exata como fora ordenado. Conforme prometido, Constanti¬no venceu a batalha. Esse foi um dos diversos momen¬tos marcantes do seculo IV, um perío¬do de violentas mudanças. Se você tivesse saído de Roma no ano 305 d.C. para viver anos no deserto, quando voltasse certamente espera¬ria encontrar o cristianismo morto ou enfrentando as últimas ondas de per¬seguição. Em vez disso, o cristianis¬mo se tornou a religião patrocinada pelo império.” - O TRIÚNFO DO CRISTIANISMO Segundo : “A que se deve a rápida expansão do cristianismo? Entre as varias causas, uma merece destaque. Trata-se do testemu¬nho pessoal dos cristãos. Cada cristão era um missionário. Uma vez convertido, procurava levar outros a fé cristã. Este teste¬munho, corpo a corpo, fez com que de Jerusalém o cristianis¬mo se irradiasse progressivamente pelas principais cidades do Império Romano, como por exemplo, Antioquia da Síria, Alexandria (Egito), Éfeso (Ásia Menor), Corinto (Grécia) e Roma (Itália). O cristianismo, apesar de ser perseguido, era irreversível. O Imperador Galério, ferrenho adversário do cris¬tianismo e que promoveu a última grande perseguição, final¬mente teve que admitir que era impossível extinguir o cristia¬nismo..” HISTÓRIA DA IGREJA PÓS LEGALIZAÇÃO ROMANA Esta conversão foi verdadeira? Segundo Durant: Seria sincera tal conversão, um ato de fé religiosa, ou um golpe de habilidade política? Esta hipótese é a mais aceitável. Helena, sua mãe, voltara-se para o cristianismo quando Constancio a abandonou; e presumivelmente instruíra o filho nas ex¬celências do caminho cristão; e Constantino também havia de ter-se impressionado com a sucessão de suas vitórias sob a bandeira de Cristo. Mas só um céptico teria feito um tão sutil uso dos sentimentos religiosos da humanidade. A Historia Augusta atribui-lhe esta frase: “É Fortuna quem faz um homem imperador” - embora ha¬ja aqui mais um rapapé à modéstia do que à sorte. Em sua corte gaulesa vivia ele ro¬deado de filósofos e sábios pagãos. Depois de convertido raramente se conformou com as exigências da adoração cristã. Suas cartas aos bispos mostram como pouco lhe interessavam as diferenças teológicas em curso - embora desejasse suprimir as dissen¬sões no interesse da unidade imperial. Durante seu reinado tratou os bispos como au¬xiliares políticos; convocava-os, presidia-lhes os conselhos e punha em vigor o que o conclave formulava. Um verdadeiro crente teria sido antes de tudo cristão e s6 depois estadista. Constantino foi o contrario. O cristianismo significava para ele um meio, não um fim. A atuação de Constantino: Cito Durante, César e Cristo: “Mas em um mundo preponderantemente pagão cumpria-lhe ser cauteloso. Constantino continuou a usar uma vaga linguagem monoteÍsta que qualquer pagão aceita¬ria. Durante os primeiros anos prestou-se pacientemente ao cerimonial dele exigido como pontifex maximus do culto tradicional; restaurou templos pagãos, fez que fossem tomados auspícios. Na dedicação de Constantinopla recorreu aos ritos cristãos co¬mo aos pagãos. Para proteger colheitas e curar doenças, empregava formas mágicas do paganismo.” Modificações na realidade de Roma e da Igreja durante o governo de Constantino: Aos poucos os símbolos pagãos iam saindo das moedas; Bispos assumem poderio de juiz local; Isenção de impostos às Igrejas; Legalização Jurídica das Igrejas e com isto direito de posse; Direito das Igrejas assumirem os bens dos mártires sem que haja testamento destes; Construção de muitas Igrejas com dinheiro público; Proibição do culto à imagens na recém fundada Constantinopla; Início da caça empregada pelo Estado à seitas ditas cristãs; O imperador tornou-se juiz de todas as contendas internas da Igreja. Os cristãos rejubilavam com tamanha mudança na realidade do Império. Porém algumas preocupações começavam a tomar o sossego dos líderes cristãos. Dentre elas as maiores: o monasterismo, o donatismo e o arianismo. O MONASTERISMO: Sob influência da vida ascética de Antão os grupos de monges começaram a crescer, devido ao medo destes cristãos de tomarem parte da devassidão de começava a imperar em muitos espaços até da Igreja. Estes mosteiros quase queriam estar sob a bênção da Igreja, porém quase formavam um poder paralelo. Por fim, os bispos acabaram por aceita-los e até apoiar sua organização, tratava-se de uma forma da Igreja compensar seu envolvimento cada vez maior com as questões de poder. O DONATISMO: Cito Durant, César e Cristo: “Um ano depois da conversão de Constantino foi a Igreja vítima de uma cisão que quase a at'¬ruína na hora do triunfo. Donato, bispo de Cartago, assistido por um padre do mesmo tempe¬ramento, insistia em que os bispos cristãos que durante as perseguições se tinham submetido, política pagã não podiam continuar como bispos; que os batismos e mais atos de tais bispos eram írritos e nulos; e que a validade dos sacramentos dependia em parte do estado espírito do ministrante. Quando a Igreja se recusou a adotar este rigoroso critério, os donatistas nomea¬ram bispos rivais para as cidades em que os existiam do tipo condenado. Constantino, sempre pensando no novo credo como instrumento de unificação, impressionou-se com o caos iminen¬te e a possível aliança dos donatistas com movimentos radicais entre os camponeses africano~. Reuniu um concílio de bispos em Arles (314), confirmou a condenação episcopal dos don~li~¬tas, ordenou aos dissidentes que reentrassem na igreja e acenou aos recalcitrantes com a perda dos direitos civis e das propriedades (316). Cinco anos depois, em um momentâneo retorno :w Edito de Milão, iria ele revogar essas medidas e conceder aos donatistas uma condescente tole¬rância. O cisma de Donato persistiu até ao tempo em que os sarracenos varreram com os cris¬tãos do norte da África.” (p541) O ARIANISMO: Cito Curtis: “Embora Tertuliano tivesse outorgado à igreja a idéia de que Deus é uma única substância e três pessoas, de maneira alguma isso serviu para que o mundo tivesse compreensão ade¬qüada da Trindade: O fato é que essa doutrina confundia até os maiores teólogos. Logo no início do século IV, Ário, pastor de Alexandria, no Egito, afirmava ser cristão, porém, também aceitava a teologia grega, que ensina¬va que Deus é um só e não pode ser conhecido. De acordo com esse pen¬samento, Deus é tão radicalmente singular que não pode partilhar sua substância com qualquer outra coi¬sa: somente Deus pode ser Deus. Na obra intitulada Thalia, Ário procla¬mou que Jesus era divino, mas não era Deus. De acordo com Ário, so¬mente Deus, o Pai, poderia ser imor¬tal, de modo que o Filho era, neces¬sariamente, um ser criado. Ele era como o Pai, mas não era verdadeira¬mente Deus. Muitos ex-pagãos se sentiam con¬fortáveis com a opinião de Ário, pois, assim, podiam preservar a idéia fa¬miliar do Deus que não podia ser conhecido e podiam ver Jesus como um tipo de super-herói divino, não muito diferente dos heróis humanos divinos da mitologia grega. Por ser um eloqüente pregador, Ário sabia extrair o máximo de sua capacidade de persuação e até mes¬mo chegou a colocar algumas de suas idéias em canções populares, que o povo costumava cantar. "Por que alguém faria tanto estar¬dalhaço com relação às idéias de Ário?", muitas pessoas ponderavam. Porém, Alexandre, bispo de Ário, en¬tendia que para que Jesus pudesse salvar a humanidade pecaminosa, ele precisalla ser verdadeiramente Deus. Alexandre conseguiu que Ário fosse condenado por um sínodo, mas esse pastor, muito popular, tinha muitos adeptos. Logo surgiram vários distúr¬bios em Alexandria devido a essa melindrosa disputa teológica, e ou¬tros clérigos começaram a se posi¬cionar em favor de Ário. Em função desses distúrbios, o im¬perador Constantino não podia se dar ao luxo de ver o episódio simplesmen¬te como uma "questão religiosa". Essa "questão religiosa" ameaçava a segu¬rança de seu império. Assim, para li¬dar com o problema, Constantino convocou um concílio que abrangia todo o império, a ser realizado na ci¬dade de Nicéia, na Ásia Menor.” 325 – O CONCÍLIO DE NICÉIA Citar Anglin: “A primeira destas Assembléias reuniu-se em Nicéia, na Bitínia, para o julgamento de um tal Ario, que tinha esta¬do a ensinar que nosso Senhor fora criado por Deus como qualquer outro ser, sujeito ao pecado e ao erro, e que, por conseqüência, não seria eterno como o Pai. Foi a isso que Constantino chamou uma ninharia, quando o informaram da heresia; o concílio porém, com poucas exceções, deu-lhe o nome de horrível blasfêmia. Os bispos sentiram tanto a indignidade que Ario fizera pesar sobre o bendito Senhor, que tapavam os ouvidos enquanto ele explicava as suas . doutrinas, e declararam que, quem expunha tais ensina¬mentos, era digno de anátema. Como repressão às heresias crescentes foi escrito a célebre confissão de fé, conhecida como o Credo de Nicéia, no qual está clara e inteiramente anunciada a doutrina das Escrituras Sagradas com refe¬rência à divindade do Senhor. Ário e seus adeptos recebe¬ram ao mesmo tempo sentença de desterro, e possuir ou fa¬zer circular os seus escritos era considerado como grande ofensa” (p55) A Igreja e o Estado no Concílio: Cito Curtis: “O Concílio de Nicéia foi convo¬cado tanto para estabelecer uma questão teológica quanto para servir de precedente para questões da igre¬ja e do Estado. A sabedoria coletiva dos bispos foi consultada nos anos que se seguiram, quando questões espinhosas surgiram na igreja. Cons¬tantino deu início à prática de unir o império e a igreja no processo deci¬sório. Muitas conseqüências pernici¬osas seriam cal h idas nos séculos futuros dessa união” Porém a irmã de Constantino era do partido de Ário e pediu que seu irmão revogasse a decisão e assim foi feito. 328 – ATANÁSIO TORNA-SE BISPO DE ALEXANDRIA Foi forte combatente do arianismo; Cito Anglin: “Um mandato imperial de Constantino para que os he¬reges excomungados fossem admitidos à igreja, foi recebi¬do pelo bispo com um desprezo deliberado e firme: não queria submeter-se a qualquer autoridade que procurasse pôr de parte a divindade do seu Senhor e Salvador. Contu¬do, os seus inimigos estavam resolvidos a levar por diante os seus propósitos e aquilo que não puderam obter por bons meios tentaram alcançar por meios infames. Fizeram uma acusação horrível contra o bispo, no sentido de ter ele cau¬sado a morte de um bispo miletino chamado Arsino, de cuja mão, diziam eles; se serviu para fins de feitiçaria. Foi, por conseqüência, intimado a responder perante uni concí¬lio em Gesaréia, pela dupla acusação de feitiçaria e as¬sassínio: mas Atanásio recusou-se a comparecer ali por ser o tribunal composto de inimigos. Foi pois convocado outro concílio em Tiro, e a este assistiu o bispo. A mão que devia ter servido para prova do crime apareceu no tribunal, mas infelizmente para os acusadores o dono da mão, o bispo as¬sassinado, também lá estava 'vivo e ileso! . Ainda assim, esta farça não impôs aos seus adversários o silêncio que a vergonha devia produzir, e apressaram-se em preparar uma nova acusação. Afirmaram que Atanásio, ' ameaçava reprimir a exportação db trigo de Alexandria para Constantinopla, o que traria a fome para esta cidade, pensando eles, e com razão, que bastava só atribuir-lhe este mau procedimento para levantar a inveja e desagrado do imperador, cujos maiores interesses estavam ali con¬centrados. Os seus planos tiveram bom êxito. Com esta simples acusação, pois a verdade dela nunca foi provada, obtiveram uma sentença de desterro, e Atanásio foi man¬dado para Treves, no Reno, onde se conservou dois anos e quatro meses. Mas o desterro do bispo fiel não assegurou os resultados pelos quais o partido de Ário estava a combater. Os Cris¬tãos de Alexandria também tinham sido muito bem ins¬truídos nas verdades das Escrituras Sagradas, e conservavam-nas com tal amor, que não as abandonaram depois do seu ensinador partir. Não queriam ligar-se a compromisso algum e até mesmo quando Ario subscreveu uma fé orto¬doxa, o novo bispo, um velho servo de Deus chamado Ale¬xandre, duvidou da sua sinceridade, e não quis aceitar a sua retratação. Constantino teve de intervir novamente neste caso, e mandando chamar o bispo, insistiu para que Ário fosse recebido em comunhão no dia seguinte. Muitos viram nisto uma crise nos negócios da igreja, e os cristãos de Alexandria esperavam pelo resultado com muita ansiedade. Alexandre sentiu a sua fraqueza, e pensamentos in¬quietadores lhe assaltaram o espírito; entrou na igreja e apresentou o seu caso diante do Senhor. A oração era o seu último recurso, mas não foi um recurso vão nem estéril. Os arianos já exultavam, e enquanto o bispo estava de joelhos diante do altar levaram eles o seu chefe em triunfo pelas ruas. De repente cessaram as ovações. Ário entrara em uma casa particular e ninguém parecia saber para quê. Todos esperavam, e se admiravam, mas esperavam em vão; o homem, cujo regresso aguardavam, tinha-se retira¬do dos seus olhares para nunca mais aparecer. Teve a mes¬ma sorte de Judas, e o grande herético estava morto.” (p56) A morte de Ário: Cito Durant. A idade da Fé: “Era um sábado e Ário esperava poder ir à reunião da congregação no dia seguin¬te, porém a Divina Providência o puniu por sua ousadia criminosa, pois, ao sair do palácio imperial ... e ao aproximar-se do pilar de pórfiro, no Foro de Constantino, foi tomado de terror e logo sentiu relaxarem-se-Ihe violentamente os intestinos ... Inchou-lhe o ventre, seguindo-se às evacuações abundante hemorragia e a queda do intestino delgado; além disso, pedaços do fígado e do baço eram eliminados naquela perda de sangue, tendo assim morre quase imediata”(p.7) Primeiro Cânon completo do Novo Testamento Atanásio também foi Compositor do primeiro Cânon bíblico completo. Veja abaixo algumas características que foram escolhidas como critério para a escolha deste livros: Ter sido escrito por algum apóstolo (testemunha direta da obra de Cristo). Neste aspecto, Paulo de Tarso foi aceito como apóstolo, pois viu a Cristo. Não possuir contradição com a maioria dos textos escritos; Ser amplamente aceito e já haver tradição antiga de leitura do mesmo, fato que é provado pelas citações dos livros em textos da Igreja primitiva, atestando sua autenticidade; Servir para edificação da Igreja, que seria a prova de sua inspiração. Cito Curtis: “Em 367, Atanásio, o bispo de Ale¬xandria, influente e altamente ortodoxo, escreveu sua famosa carta ori¬ental. Nesse documento, enumerava os 27 livros que hoje fazem parte do nosso Novo Testamento. Na esperan¬ça de impedir que seu rebanho cami¬nhasse rumo ao erro, Atanásio afir¬mou que nenhum outro livro pode¬ria ser considerado escritura cristã, embora admitisse que alguns, como (...), pudessem ser úteis para devoções particulares. A lista de Atanásio não encerrou esse assunto. Em 397, o Çoncílio de Cartago confirmou sua lista. (..) No final, a lis!a de Atanásio rece¬beu a aceitação geral e, desde então, as igrejas por todo o mundo jamais se desviaram de sua sabedoria.” Cito tabelas de Walton: (10) 337 – A MORTE DE CONTANTINO 64 anos de idade; 2 esposas; Brigas familiares e intrigas; Assassinato do filho mais velho por parte do tio. Manda matar o sobrinho e a esposa; Cito Durant, César e Cristo: “Dois anos mais tar¬de, pela Páscoa, iria ele celebrar com grandes festas o 30º aniversário da ascensão ao poder. Depois, sentindo a proximidade do fim, foi provar os banhos quentes de uma estação próxima, Aquírion. Como a doença se agravasse, chamou um sacerdote para lhe administrar o sacramento do batismo, que muito deliberadamente diferira ate aquele momento, na esperança de por esse modo limpar-se de todos os pecados de sua vida tão cheia. Em seguida, o cansado imperador, aos 64 anos, despiu-se (...), envergou o traje branco dos neófitos e cerrou os olhos.” (p518) A divisão do Império: Cito Anglin: “O império estava agora dividido entre os três filhos de Constantino, o Grande, ficando Constantino com a Gália, Espanha e a Bretanha; Constâncio com as províncias asiá¬ticas, e Constante, com a Itália e a África. Constantino favoreceu o partido católico ou ortodoxo, e fez voltar Atanásio do exílio, mas foi morto no ano 340, quando invadia a Itália. Constante, que tomou posse dos seus domínios, também seguia a causa dos católicos e foi amigo de Atanásio, porém Constâncio e toda a sua corte tomaram o partido dos arianos.” Constante X Constâncio: Cito Anglin: “Entretanto, Atanásio foi novamente degredado, pelos esforços de Constâncio e dos bispos arianos; e Gregório de Capadócia, homem de caráter violento, foi colocado à for¬ça no seu lugar. Este procedimento iníquo deu ocasião a desordens e a cenas violentas, e tiveram de pedir auxílio à tropa para manter o bispo intruso na colocação que lhe ti¬nham dado. Foram depois convocados muitos e vários concílios, e publicados cinco credos diferentes, em outros tantos anos, mas parece que com pouco resultado. Em to¬dos estes concílios foi sempre confirmado a ortodoxia de Atanásio, porém não fizeram justiça ao velho bispo enquanto Gregório viveu. Mas depois da morte deste foi rein¬tegrado no seu lugar com grande alegria de todos aqueles que apreciavam a verdade e se agarravam à boa doutrina. Constante, que desde o princípio se tinha mostrado um verdadeiro amigo de Atanásio, morreu no ano 359, e os arianos, com a proteção de Constâncio renovaram as suas perseguições. Tendo sido expulso pela terceira vez do seu lugar; Atanásio retirou-se voluntariamente para o exílio, e entrou, durante algum tempo, num refúgio dos desertos do Egito, onde pela meditação e oração se preparou para pos¬terior conflito. E, aqueles que professavam as suas doutri¬nas eram perseguidos com rigor devido à ascendência dos arianos. Por isso se dizia por toda a parte que os tempos de Nero e Dioc1eciano tinham voltado. Constâncio morreu no ano de 36l, e teve por sucessor Juliano, que tomou a chamar os bispos desterrados por Constâncio; mas não foi de certo por simpatia pelas suas doutrinas, porque ele pouco depois caiu no paganismo(..).” (p59) 361 – JULIANO, O APÓSTOTA É IMPERADOR Pagão; Filósofo; Cito Durant, A idade da fé: “Em meio a todas estas atividades governamentais, era a filosofia a paixão que o do¬minava. Tinha um objetivo, do qual jamais se esquecia: a restauração dos antigos cul¬tos. Ordenou que se reparassem e abrissem os templos pagãos e se restituíssem as pro¬priedades que deles haviam sido confiscadas. Autorizou também que os templos re¬começassem a recolher suas rendas habituais. Escreveu cartas aos principais filósofos da época, convidando-os a se hospedarem na corte. Quando Máximo chegou,Juliano interrompeu um discurso que estava fazendo no Senado e correu para cumprimentar o velho mestre, que apresentou a todos, tecendo-lhe grandes 'elogios. Máximo apro¬veitou-se do entusiasmo do imperador. Envergou trajes muito finos e levou uma vida luxuosa, o que provocou, depois da morte de Juliano, uma rigorosa devassa em sua vida para se descobrir a origem de sua rápida fortuna.36 Juliano não dava atenção àquelas contradições; amava demasiado a filosofia para. dela se afastar por causa da conduta dos filósofos. "Se alguém", escreveu ele a Eumênio, "vos tiver persuadido de que existe para a raça humana algo mais proveitoso do que o estudo ininterrupto da filosofia nas horas vagas, esse alguém não passa de um iludido que procura iludir•” (p14) Asceta; Reconstrução dos templos pagãos; Tentativa de recuperação de Jerusalém; Cito Durant, A idade da fé: “Das aflições os judeus foram salvos durante um momento pela ascensão de Ju¬liano, Este reduziu as taxas, revogou leis de separação, louvou a caridade hebraica e tratou YHWH (Yahveh) como "um grande deus". Perguntou aos dirigentes judeus por que haviam abandonado o sacrifício de animais; quando eles responderam que sua lei não permitia tal ato senão no templo de Jerusalém, ordenou que este fosse re¬construído com fundos do Estado. Jerusalém foi novamente franqueada aos judeus; desse reuniam ali, procedentes de todos os cantos da Palestina, de todas as províncias do Império; homens, mulheres e crianças davam o seu trabalho à reconstrução, suas economias e jóias para mobiliar o novo templo; Já podemos imaginar a felicidade de um povo que durante três séculos havia orado por esse dia (361). Mas quando os ali¬cerces estavam sendo cavados, irromperam chamas do chão e vários trabalhadores morreram queimados. O trabalho foi pacientemente reiniciado, mas uma repetição do fenômeno - provavelmente devido à explosão do gás natural - interrompeu e, desanimou o empreendimento. Os Cristãos rejubilaram-se ante aquilo que parecia uma proibição divina; os judeus ficaram espantados e lastimaram-no. E então ocorreu a morte súbita de Juliano. Os fundos estatais foram suspensos; as velhas leis restritivas postas em vigor e tornadas mais severas. E os judeus, de novo excluídos de Jerusalém, voltaram• a suas aldeias, a sua pobreza e a suas preces. Logo depois Jerolmo relatava que a população judaica da Palestina "não passava de um décimo da anterior". Em 425, Teodósio II aboliu o patriarcado da Palestina. Igrejas greco-cristãs substituíram aS sinagogas e escolas.” Fim do subsídio público à Igreja; Fim de toda forma de intervenção em questões internas da Igreja; Fim da Isenção de impostos e regalias especiais aos cristãos e bispos; Cristãos são obrigados a devolver bens tomados dos pagãos; Como conseqüência: Cito Durant, A idade da fé: “A apaixonada perseverança de Juliano acabou destruindo finalmente seu programa. Os homens aos quais injuriara combatiam-no com "sutil pertinácia e os demais, aos quais favorecia, respondiam com indiferença. O paganismo morrera espiritual¬mente, já não encerrava em si qualquer estímulo para a mocidade, nem consolo para as amarguras, nem esperanças para além-túmulo. Alguns que se haviam convertido voltaram-se para ele, mais com a idéia. de conseguirem posições políticas ou o seu di¬nheiro. Algumas cidades restabeleceram os sacrifícios oficiais, mas somente para pa¬garem os favores recebidos. Mesmo em Pessino; a terra de Cibele, Juliano teve de su¬bornar os habitantes para que honrassem a grande deusa. Muitos pagãos interpretavam o paganismo como sendo uma consciência tranqüila em meio aos divertimentos. Ficaram desapontados ao ver que Juliano era mais puritano que Cristo. Esse suposto livre-pensador era o mais devoto do Estado e até seus amigos se aborreciam em seguir-lhe as práticas; havia também os cépticos que não dissimulavam seu sorriso ao vê-lo às voltas com seus deuses antigos e sacrifícios. Já quase não se observava mais no Oriente altares, assim como no Ocidente, fora da Itália.” (p17) Morre em 363. Cito Durant, A idade da fé: “Juliano jazia em sua tenda e dirigiu-se desconsolada e amarguradamente a seus companheiros: "Mui oportunamente, meus amigos, chegou agora a ocasião para eu deixar esta vida, a qual folgo poder devolver à natureza." Todos os presentes choraram. Ele, entretanto, mantendo sua autoridade, os censurou dIzendo que não lhes ficava bem lamentar um príncipe que estava sendo chamado a unir-se ao céu e às estrelas. Como isso os .tivesse feito calar-se, virou-se para os filósofos Máximo e Prisco e travou com eles uma discussão muito complexa sobre a nobreza da alma. Subitamente a ferida se lhe abriu, a pressão do sangue diminuiu-lhe a respiração e, após beber um gole de água que pedira, morreu tranqüilamente. Contava então 32 anos de idade. A história de que Juliano morrera exclamando: "Tu triunfaste, ga¬lileu" apareceu primeiramente no trabalho do historiador cristão Teodoreto, no século V, sendo agora, porém, considerada como lenda.” (p19) TEMA TRANSVERSAL: OS JUDEUS NESTE PERÍODO Cito Durant, A idade da fé:: “Em todas as épocas, a alma do judeu tem estado dividida entre a resolução de abrir caminho em um mundo hostil e sua fome pelos alimentos espirituais. O mercador judeu é um estudioso triste; inveja e honra generosamente o homem que, fugindo à febre da riqueza, prossegue em paz no amor aos estudos e segue a miragem da sabedoria. Os comerciantes e banqueiros judeus que iam à feira de Troyes paravam no caminho para ouvir o grande Rashi explicar o Talmude. Assim, entre os afazeres comerciais ou a pobreza degradante ou a contumélia mortal, os judeus da Idade Média continuaram a produzir gramáticos, teólogos, místicos, poetas, cientistas e filósofos; e durante certo tempo (1150-1200) somente os muçulmanos os igualavam na ampla alfabetização e riqueza intelectua1. Tinham a vantagem de viver em conta¬to ou comunicação com o Islã; muitos deles liam o árabe; todo o rico mundo da cultu¬ra muçulmana medieval estava aberto aos judeus. Receberam do Islã em ciência, me¬dicina e filosofia o que haviam dado em religião a Maomé e ao Alcorão. E, pela medi¬tação, elevaram o espírito do Ocidente cristão com o estímulo do pensamento sarraceno.” (p.355) 363 – JOVIANO ASSUME O IMPÉRIO: Ao que parece, foi o primeiro governante realmente cristão; Reinado curto, de apenas 8 meses; Apoiou os ortodoxos contra os arianos; Em 364 seus filhos Valenciano e Valente assumem o poder, mas apóiam o arianismo. 375 – GRACIANO ASSUME O TRONO E O PASSA A TEODÓSIO Tinha apenas 16 anos de idade; Era cristão temente a Deus; Cito Anglin: “ "Vinde", escreveu ele "para que possais ensinar a doutrina da salvação a quem crê verdadeiramente; não para que estudemos para questionar, mas que a revelação de Deus possa penetrar mais intimamente no nosso coração".” (p.63) Porém passa o poder imperial a Teodósio, pois não se sentia capaz de administrar tudo; Ocorre um distúrbio em Tessalônica e Teodósio gera um grande genocídio (circo). Cito Curtis: “Mais tarde, Ambrósio enfrentou um imperador - dessa vez, o próprio Teodósio. O imperador reagiu de for¬ma exagerada a um distúrbio em Tessalônica, enviando o exército para massacrar os cidadãos daquela cidade. Ambrósio considerou isso um ato hediondo e excomungou Teodósio até que o imperador cumprisse penitên¬cia. O fato de o imperador voltar à catedral vestido de saco e coberto de cinza e ajoelhar-se diante do bispo buscando perdão é um testemunho tanto da coragem de Ambrósio quanto da humildade de Teodósio. Houve um tempo em que a igreja enfrentou a perseguição de imperado¬res. Com Ambrósio, o novo padrão de relacionamento entre a igreja e o Es¬tado começava a se desenvolver.” (p.45) Os feitos de Teodósio: Cito Kuchenbecker: “Foi necessária a autoridade de Teodósio (379-395) para que, num edito assinado em Tessalônica (28 de fevereiro de 380), todos os povos submetidos ao Império fossem chamados “a aderir à fé transmitida aos romanos pelos apóstolos, à fé professada pelo pontífice Dâmaco e pelos bispo de Alexandria, ou seja, o reconhecimento da santa Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo”; O segundo concílio ecumênico, reunido em Constantinopla em 381 graças aos cuidados de Teodósio, fez triunfar a fé nicena. O catolicismo ortodoxo tornava-se a reli¬gião oficial de todo o mundo romano. Teodósio vai ainda mais a fundo: empreendeu a destruição do velho politeísmo romano e ao mesmo tempo, beneficiou o cristianismo com múltiplos privilégios fiscais e judiciários. Os bens confiscados dos tem¬plos pagãos foram entregues às igrejas, que, ajudadas pelos ofícios imperiais, tornaram-se amiúde muito ricas. Pode-se dizer que, desde então, a Igreja ficou vinculada ao estado? Sem dúvida, ela se conforma à estrutura adminis¬tração aperfeiçoada por Diocleciano: cada cidade tinha seu Bispo, cada província seu metropolita. Mas, enquanto os fun¬cionários imperiais eram nomeados pelo imperador, os bispos (...) eram livremente eleitos pelo clero local e a popula¬cão de tal maneira que a autoridade religiosa era bem distinta da civil. Fundamento de uma monarquia de direito divino, a Igreja representava também um poder espiritual (...) Aliás, a decadência do Império, no século V, não se fez acompanhar da decadência da jovem Igreja(...)”(p.97) 374 – AMBRÓSIO TORNA-SE BISPO DE MILÃO Era governador da cidade; Quando ocorrei uma controvérsia sobre o novo bispo da cidade ele foi juiz da questão e o povo acabou o aclamando bispo pela sua bondade; Batizou-se e cumpriu todos os sacramentos em uma semana e daí assumiu o posto; Portou-se como ortodoxo, seguindo as decisões de Nicéia, contra o arianismo; Isso desagradou a imperatriz Justina, que em 385 mandou os soldados cercarem a catedral, mas Ambrósio junto de toda a congregação não se retiraram, e após horas de tensão acabaram vencendo. A QUESTÃO DO CELIBATO Cito Durant, A Idade da Fé.: “Essa organização, cuja força, afinal, apoiava-se na crença e no prestígio, exigia certa regulamentação para sua vida eclesiástica. Nos primeiros três séculos não se exigira o celibato do sacerdote, que podia manter uma esposa com a qual se tivesse casado an¬tes da ordenação, porém não devia casar-se depois de receber as ordens sacras. Não podia ser ordenado o homem que se tivesse casado com duas mulheres ou com viúva, divorciada ou concubina. A semelhança de muitas sociedades, a Igreja teve também Seus extremistas. Reagindo contra a licenciosidade sexual da moral pagã, alguns cris¬tãos entusiastas depois de lerem uma passagem de São Paulo,' chegaram à conclusão de que era pecado qualquer relação entre os sexos. Eles condenaram todos os casamentos e manifestaram sua repugnância pelos sacerdotes casados. O Concílio Provin¬cial de Gengra (362) condenou esse ponto de vista, tachando-o de heresia, porém cada vez mais ía a Igreja exigindo o celibato para seus sacerdotes. As igrejas recebiam doação de propriedades e, uma vez ou outra, um sacerdote casado pedia que se fizesse o legado em seu próprio nome e o transmitia depois para os filhos. Surgiam algumas vezes casos de adultério ou outros escândalos nos casamentos deles, o que diminuía o respeito que o povo Ihes tributava. Recomendou-se no sínodo realizado em Itoma, no ano 386, que o clero observasse completamente a castidade, tendo o Papa Sirício decretado um ano mais tarde que deixassem suas vestes sacerdotais todos aque¬les que se casassem ou continuassem a viver com suas esposas. Jerônimo, Ambrósio e Agostinho apoiaram fortemente o decreto, o qual, após uma geração em que houve resistências esporádicas, foi observado no Ocidente, com relativo êxito(...)” (p.41) 387 – CONVERSÃO DE AGOSTINHO Nascido em 354; Na juventude era um intelectual, porém voltava-se à sensualidade; Passou pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo, em busca pela verdade; Considerava a fé cristã uma coisa para pessoas simples; Conheceu Ambrósio e esta concepção começou a mudar; Cito Curtis: “Em 387, enquanto estava senta¬do em um jardim em Milão, Agosti¬nho ouviu uma criança cantar uma música que dizia: "Pegue-a e leia-a, pegue-a e leia-a". Agostinho leu a pri¬meira coisa que encontrou na sua frente: a epístola de Paulo aos Roma¬nos. Quando leu Romanos 13.13,14, as palavras de Paulo que versam sobre o revestir-se do Senhor Jesus em vez de deleitar-se com os prazeres peca¬minosos tocaram profundamente seu coração, e Agostinho creu. "Foi como se a luz da fé inundasse meu coração e todas as trevas da dúvida tivessem sido dissipadas." Em 391 torna-se sacerdote; Em 395 torna-se bispo de Hipona; Posicionou-se contrário ao rivalismo proposto pelo donatistas. Para ele, apesar de haverem algumas pessoas que não eram santas em seu meio, só havia uma igreja. Sacramentos: sinais visíveis de uma graça invisível. Deus não olha para o sacerdote ao operar através dele; Opôs-se a Pelágio, que afirmava a necessidade de obras para a Salvação; Citar texto (21) Escreveu centenas de livros, cartas, comentários; Influenciou tanto o catolicismo quanto o posterior protestantismo com sua defesa da supremacia da graça ante as obras; É acusado de ser fatalista, por crer, em oposição à Pelágio, que Deus tudo tem predestinado e que é Ele que nos leva a tudo. UMA REFLEXÃO PERTINENTE: A história da Igreja nos fornece uma serie de dados e matérias, que se aplicados no sentido epistemológico, de conhecimento, à uma turma de alunos, pode vir a trazer grandes avanços em suas concepções quanto à atual realidade religiosa e possibilitar que estes se situem criticamente ante às questões levantadas, além de lhes acrescentar em cultura e em um conhecimento histórico, que no sentido mais geral lhes é privado. Porém quero aqui enfatizar uma outra possibilidade de abordagem que pode ser construída junto à esta citada acima, que trata-se da história reflexiva, na qual levamos para a sala de aula, a cada tema aberto algumas questões que se ligam aos temas presentes no seu dia-a-dia e à coisas próprias da adolescência ou da infância. Dentro de uma História da Igreja, no sentido mais geral, temos na verdade um conjunto de muitas histórias de vidas que se entrelaçaram com um propósito. Portanto, como exemplo destas questões transversais à história, proponho a analise de alguns dados da vida de Agostinho. A TRANSFORMAÇÃO DE AGOSTINHO: Em sua obra intitulada ‘Confissões’, Agostinho conta como resistiu aos conselhos da mãe quando tinha 12 anos de idade e fora viajar para a África. Nesta obra agostinho comenta que fora constrangido a pecar conforme o mundo, pelo pecado alheio, de seus amigos: Cito Durant, Idade da Fé: “Aos 12 anos mandaram Agostinho para a escola em Madaura e aos 17 para um cur¬so superior em Cartago. Salviano iria logo descrever a África como "a cloaca do mun¬do" e Cartago como "a cloaca da África", Daí os muitos conselhos de Mônica ao fi¬lho quando se despediu dele: ‘Ela me ordenou, e foi com muita veemência que me preveniu, que não fornicas¬se e sobretudo não desonrasse a mulher do próximo. Para mim, tal conselho me pa¬receu muito fútil, o qual teria vergonha de seguir ... Fui tão cego na minha conduta que fiquei envergonhado, no meio de meus companheiros, de sentir-me menos impudente do que eles, eles que se, orgulhavam das façanhas que praticavam; quanto mais se excediam em suas proezas, tanto mais se vangloriavam, e eu come• cei a sentir prazer em fazer a mesma coisa, não pelo prazer do ato em si, mas para poder vangloriar-me dele também ... e quando não tinha oportunidade de praticar uma maldade que me tornasse tão mau quanto eles, fingia que a havia praticado.’” Possibilidade de propormos uma meditação no texto de Romanos 12.2: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” - Após ser tocado por Deus através da leitura de textos da carta de Paulo aos Coríntios, Agostinho torna-se um homem apaixonado por Deus: Cito Durant, a Idade da Fé: “Comecei amar-Vos muito tarde, a Vós que sois o Belo tão antigo e tão novo ... Sim, tam bém o céu e a terra e tudo o que eles encerram me dizem de todos os lados para que Vos ame .... O que amo, agora que Vos amo? ... Perguntei -o à terra e ela respondeu que não era ela .... Perguntei-o ao mar e ao abismo e às coisas que raste¬jam e todos me responderam: Nós não somos o teu Deus; procura-o acima de ti. Perguntei-o aos ventos passageiros, e todo o ar com seus habitantes me respondeu: Anaxímenes foi enganado; eu não sou Deus. Perguntei aos céus, ao sol, à lua e às estrelas; também eles disseram: não somos o Deus que procuras. Falei•lhes: Dizei• me algo sobre Deus. Uma vez que não sois Aquele a quem procuro, dizei•me algo sobre Ele. E todos disseram em voz alta: Foi Ele quem nos fez ... Não estarão com o espírito aqueles que acham desagradável qualquer coisa que Vós criastes .... As Vossas dádivas nos alegram e na Vossa boa vontade encontramos a paz.”